Monday, November 27, 2006

Resoluções para o ano novo...

Como é difícil falar sobre a visita que recebi aqui em Braga. Aliás, foram duas visitas: Cróvis e Tato, dois dos melhores amigos do mundo. Juntando com o Dé, meu companheiro de quarto, tava formado um quarteto infernal. Juntem-se as irmãs B. Passos e os Tropicanos, com destaque para Doca e Maneco e imaginem a confusão que ficou minha cabeça ao ponto de não conseguir escrever um texto que resumisse a passagem dos meninos por terras portuguesas.

O melhor de tudo é que decidimos o que vamos fazer no nosso ano novo. No dia 19 de dezembro partimos rumo à Dinamarca. País bonito, legal e frio. O pequeno detalhe é que essa viagem foi acertada e é tão atraente por um motivo especial. Tudo será feito ao melhor estilo mendigo: queremos pedir tudo o que for possível, bater de porta em porta pra pedir comida, beber os restos dos copos nos bares, comer pão com manteiga e dizer que aquilo é o almoço e, se possível, conseguir um abrigo quente para a noite.

Dividimos o quarteto em funções: Tato pede comida de porta em porta. Ele mostrou como é capaz de fazer cara de cachorro pidão e foi logo o escolhido para a nobre tarefa. Dé é o responsável por levantar uma grana fazendo malabarismo na rua. Logo ele vai construir suas claves e treinar um pouco. Cróvis é o responsável por arranjar estadia, ou seja, mulheres para passarmos a noite juntos. Quem conhece o menino e o infalível migué em torno do seu nome/apelido sabe que as chances são altas. Eu sempre me dou bem com balconistas e garçonetes, fui escolhido como responsável por arranjar a bebida.

Será que vai dar certo? Será que podemos contar com o espírito natalino dos dinamarqueses em nossa empreitada? Será que cada um terá o sucesso esperado em sua função? Bem isso não sei e acho que nem é muito bom especular-se sobre. Ligaremos o botão do foda-se e praticaremos o desapego ao longo de nossa jornada. A compania é boa e sei muito bem que, mesmo quando atingirmos o fundo da merda do poço, algum dos quatro vai ter uma piada para levantar o moral das nossas tropas. Como diria Jorge, amigo de um grande amigo meu, temos três objetivos: não ser preso, não morrer e não dar o cu.

Boa sorte para todos nós e que alguém nos proteja.

Ouvindo: Gilberto Gil Expresso 2222

Friday, November 24, 2006

Só uns links pros amigos....

Esse é um documentário que eu ajudei a fazer, uma disciplina de meu curso. O belo nome que escolhemos foi "De Passagem - 24 horas no Largo da Batata".
Pra quem ainda não comprou uma cópia, que está à venda em todas as lojas, rola dar uma assistida no youtube. O baguio tá dividido em 6 partes:
Parte 1: http://youtube.com/watch?v=PD8J1mJI23k
Parte 2: http://youtube.com/watch?v=HXwvmn72nr0
Parte 3: http://youtube.com/watch?v=oZLVFB2uzEU
Parte 4: http://youtube.com/watch?v=mZcGEyrpFKU
Parte 5: http://youtube.com/watch?v=vtQJ_QXEN6o
Parte 6: http://youtube.com/watch?v=HPNqSd4UhZU

Vale?

Ouvindo: Nada.

Wednesday, November 22, 2006

Mau humor

Se eu pudesse eu matava mil. E mato até o delegado se ele for abusivo.

Pois é, pra quem me conhece, sabe que isso é raro. Por mais fodidas que estejam as coisas, eu quase nunca fico mau humorado. Sempre sorrio e fico bem animado logo que saio da cama, dizem que tenho um ânimo fora do comum ao acordar. Mas hoje não. Acordei com a pá virada. Com vontade de partir tudo. Sem sorriso no rosto. saí do quarto com o short de dormir. Não fiz questão de tirar os fiapos de coberta da barba nem do cabelo. Não tenho vontade de falar com ninguém. Quem me conhece sabe a minha capacidade pra ficar emburrado. Quem me conhece deveria me evitar hoje.

E nada como um dia de mau humor para criar a primeira regra pra esse blog. Nada de posts bêbados. Das próximas vezes que eu chegar bêbado em casa, prometo que tentarei esquecer a senha dessa merda.

Desculpem-me. Daqui a pouco passa.

Ouvindo: Ratos de Porão - Rebosteio

Losers go home

No JUCA 2002 saí com uma cueca samba canção azul escura com o Homer desenhado em toda ela. Ao chegar no pátio do alojamento, Lulo logo pergunta o que estou fazendo com a "sua" cueca. Afrimo que não era a cueca dele e, depois de muita discussão, ele vai pro quarto dele e volta vestido com uma cueca igual. Que ele me dê licença, mas depois de tamanha coincidência, acho que posso chamá-lo de amigo. E como amigo, nunca me esquecerei de uma bela frase. Certa vez, quando achei que estava me dando bem, ele disse:

-Losers go home!

That´s where I am now. Quando achei que tinha virado o rei da cocadapreta, a frase me caiu como qualquer coisa....

Ouvindo: Bezerra da Silva - Malandro é Malandro e Mané é Mané

Wednesday, November 15, 2006

Sobre os momentos mágicos

O Mercado do Bolhão, assim como outros mercados públicos, mostra claros sinais de decadência. Poucos clientes, pouca variedade de podutos, reformas mal começadas e mal acabadas, pombos, silêncio. Tudo programa minha cabeça para que eu acredite que aquele é um local condenado, que quase não mais respira, vivendo com a ajuda de alguns turistas que por ali passam, mas que logo saem à medida em que falta o que fazer, ver e olhar. Estranhas vibrações passam pelo meu corpo, o cheiro de flores sendo vendidas, vendidas não, cuidadas, viradas, regadas e acariciadas por mãos de senhoras idosas que fazem de tudo com as margaridas, gérberos e rosas só pra passar o tempo, lembrando da época em que éramos galantes e comprávamos flores para quem amávamos. Parece que o cheiro hoje só me traz a idéia do funeral que aquele mercado abraiga e do qual é o próprio velado. O defunto está silencioso e suas víuvas fazem de tudo para que os coveiros não sintam o cheiro de quem já passou da hora de ser enterrado. Elas não choram, apenas murmuram aos passantes um pouco de caridade para o morto, que lhe compremos uma flor. O coração do mercado está parado, marcado por uma fonte que não mais jorra a água límpida de tempos em que éramos inocentes, que nos encantávamos com o som da água caindo na fonte, com os pássaros que lá bebiam e se banhavam. Hoje só conseguimos amaldiçoar os pombos, não há mais tempo para apreciar qualquer coisa. E foi aí que o tempo parou. Parou mesmo, tal qual quando apertamos o pause no vídeo ou no videogame. Uma criança, que ainda aprendia a andar brincava ao redor da fonte, enquanto algumas garotas tentavam com que ele fizesse alguma pose para uma fotografia, mas parece que a pose tinha que ser bem específica, presumo eu. Uma das garotas chamava a atenção do míudo, que corria em sua direção com seu brinquedo à mão. O modelo não correspondia às expectativas das fotógrafas. O menino corre mais uma vez em direção à garota. Seu brinquedo cai ao chão. Sorrindo, ele abaixa-se para pegá-lo. Sorrindo, ele caiu de bunda no chão. Sorrindo, ele pega seu brinquedo e faz algo que é bem mais que um sorriso, a boca inteira aberta, os olhos apertados. Sorrindo, ele se levanta e segue andando. A foto não foi tirada, não se ouviu o clic. Não era a pose esperada. O momento mágico estava perdido. Foi aí que o tempo voltou a andar de novo e o Mercado do Bolhão envelheceu ainda mais.

Ouvindo: Pixinguinha - Três Estrelinhas

Sunday, November 12, 2006

Hoje vai ter uma festa*

Fala, meu querido!

É, mano...até que enfim chegou a sua data tão esperada!...24 anos, e, literalmente, na "flor" da idade (uó!) ...hehe

Então, fei...passei um bom tempo depois da aula pensando no que te escrever. Nesse tempo senti a saudade à flor da pele, a garganta travada e uma vontade de te ver pessoalmente pra poder te dar um parabéim decente. Mas hoje não é dia de falar em coisas que poderiam te deixar pra baixo, então apenas mando boas notícias como um singelo presente.

A primeira é do nosso glorioso São Paulo, que meteu 2 gols no Botafogo ontem, e tá com a mão na taça do Brasileiro, rumo ao tetra!...dá-lhe Tricolor!

A segunda é do sucesso do tão esperado documentário de vocês, exibido numa edição especial da TCF aqui na ECA, e aplaudido pelos presentes...parabéns, feio...ficou animal!

A terceira é de mais uma prata do Basquete no BIFE, essa tal balada muito loca em que alguns se aventuram à prática de esportes...e, pelos desfalques do time, até que conseguimos ir bem.

Mas parece que o time encontrou sua verdadeira cara, um bixo de Cênicas que eu achei pra treinar, que jogou no Pinheiros, frito, chamado Miguel...e de sobrenome Prata. Coincidência!?...rs...Fim das notícias-presente...

Fora esses presentes, só quero te desejar muitas felicidades. Sei que é o que todo mundo deseja, uns com mais afinco, outros com menos. Mas, entre os que desejam, nem todos - ou apenas um - são como eu: alguém que sempe agradece, a quem quer que seja, por ser irmão do maluco mais sangue bom do mundo, literalmente.

No Brasil, na Europa, na Ásia, ou até na Eustralásia, leve com você a certeza de que aqui sempre estará um cara que tem um carinho enorme por você. Essa história é manjada, mas às vezes realmente faltam palavras pra demonstrar alguns sentimentos...e é exatamente essa sensação que eu tenho agora.

E eu sei que você sabe o que eu queria dizer...e sabe o quanto é foda tentar fazer isso...Mas a gente tenta, mesmo que em vão.

Bom...se cuida, aí, meu querido...que hoje eu comemoro aqui por você, da mesma maneira que eu gostaria que fosse se você estivesse aqui!...

Amo você, cara!

Um abraço transatlântico,

Gustavo "Bigodinho" ("irmão, parceiro, amigo, relações-públicas, atleticano, pintor e são-paulino"...rs...ê Largo da Batata!)

*E-mail enviado pelo irmão de Bigode, publicado autoritariamente sem o seu consentimento. No dia 10 de novembro, Bigode comemorou seus duzentos e muitos anos. Recebeu uma linda visita e uma camisa do FC Porto de presente. Jantou com os amigos, viu a volta triunfal de Reinaldo a terras portuguesas e espera ansiosamente pelo aniversário de sua mãe, que no dia 12 completa exatos 432 anos.

Ouvindo: Happy Birthday, Mr Burns - Ramones