Friday, December 23, 2005

E eu canto um blues pra você...

Todo dia eu sonho com você. Sei que estou longe, mas mesmo quando está cada um em seu loado, sua companhia não me deixa a cebça. Acordo com você, almoço com você e janto com você, sempre lembrando de quando estivemos lado a lado. Sei que mais desses momentos existirão, daí me acalmo. Sei que nos encontraremos em breve naquela ilha. Lá sonharemos juntos e seremos felizes. E, se puder, nunca mais sairei de seu lado.

Saio de viagem agora, a encontro de meus avós. Não os vejo há exatos 12 meses. Tenho medo da emoção que isso possa causar, principalmente a eles, meu coração ainda aguenta muita coisa. Saio sem presentes, sem novidades, mas chego lá mudado. O que será que trarei de volta?

Ouvindo - John Lee Hooker - Sei lá o nome, mas o refrão diz: Every night...Every night I dream on you....Every nigt...Every night I sing a blues.

Thursday, December 01, 2005

Acho que não sei mais escrever

Há dois dias tento escrever uma matéria para uma revista. Mas a dificuldade que enfrento para fazer uqalquer coisa decente sair de dentro da minah cabeça vem me dominando. Tentei inspiração até mesmo no meu blog, mas parece que falta algo.

Hoje finalmente acabou a tortura. Pois é, chegamos ao fim do curso de História da Ciência. Acho que é o pouco que se tem a comemorar por enquanto.

Alguém se lembra da mina que eu falei no primeiro post desse blog? Pois é, ela tá melhorando, vendo que existe muita gente no mundo que daria tudo pra vê-la bem. Até ganho beijo dela de vez em quando.

Acho que o problema é exatamente esse, a falta de foco enquanto escrevo, misturo assuntos e nada se encaixa. Será que isso tem cura?

Ouvindo: O Dotadão deve morrer - Cascavelletes

PS: Sr ou Sra. "Anonimous": Atendi seu pedido, atualizei o blog. Será que posso saber quem você é em recompensa?

Thursday, November 10, 2005

Aniversário do Bigode

Hoje tava lá na obra quando o celular ltocou:
-E aí, Vigota, como tá?
-De boa, e você Lindomar?
-Na paz também! Hoje é aniversário do Bigode, lembra?
-Caraio....

Deixei o telefone cair no chão, perto da massa. Como eu podia ter se esquecido? E a butina suja de massa, o que eu faço com ela? Bigode é amigo, hoje eu tenho que ver ele. E foram anos de espera, um sempre dizia que ia até lá ver o outro. E nada. Um e-mail aqui, liga pra lá. Lembro que eu conheci o Bigode na 7a série, quando ele chegou . No começo achei ele meio feio, de costumes diferentes, sabe. Mas foi indo, foi indo e a gente ficou irmão desse jeito. Mas um dia, depois de uns anos, ele se mudou pra . Sempre me perguntam se eu tenho saudades do Bigode, digo claro que sim!, mas atitude de ir até lá e ver o cara não tive. Hoje eu vou, preciso... Eu vou .

E Bigode esperou, abraçou seus amigos e talvez a lembrança de Vigota tenha passado depressa demais em sua cabeça. Preferiu que nunca o tivesse conhecido.

ouvindo: "Não podemos falar" - Ratos de Porão

Monday, October 17, 2005

A pior sensação...

Estava só sonhando. E é isso que me deixa mais tranquilo. Mas posso dizer que já senti o que ele sentiu. Sonhei que um policial me pegava em minha casa, enquanto eu dormi e me interrogava. Do nada, ele apontou pro meu peito e atirou. Depois de atirar, continuou olhando em meus olhos. Senti que estava morrendo e gritei: “Você me matou, seu filho da puta!” Não doía, não no sentido que já tinha sentido antes. Mas sentia a vida saindo de meu corpo, a respiração apertada, uma angústia sem fim de perceber por alguns segundos a nossa fragilidade. Como vêem, não sei explicar, mas creio que já senti como é a morte. Mas o pior da sensação é a consciência de que tudo está indo embora.

Ouvindo: Medo de Morrer – Inocentes: “eu tenho medo de morrer porque heróis não existem mais....”

Wednesday, October 05, 2005

25 pras três

Eu nunca soube especificar o grau de parentesco que tinha (ou ainda tenho?) com ele. Acho que era tio da minha mãe. Mas tio só porque era casado com uma tia da minha mãe. Nada de sangue entre eu e ele. Nunca soube seu nome, só sabia que ele era o Tio Nico. Italiano, acho, com um sotaque carregado, daqueles que fazem questão de reiterar que não são brasileiros, que têm uma ascendência mais nobre que nós, tupiniquins. Não conheci Nico profundamente, só passei um feriado em sua casa, lá em Pirassununga. Nico tinha umas duas filhas, mas o caso especial era o de seu filho, Sergio.

Conhecido como Serignho, me mostrou, em um dos melhores city tours que já participei, toda aquela cidade que tanto lhe encantava. Passeamos pelo centro entrando em todos os estabelecimentos comerciais, cumprimentando todos os atendentes, donos e fregueses. Orgulhoso, me apresentava como seu “primo mais velho": “Não é a minha cara”? Serginho era querido por todos e por isso ganhamos umas duas ou três cocas durante o passeio, que terminou na casa de uma dessas mulheres que distribuem leite por aí. Acho que andamos umas duas horas, mas para ele, era sempre “25 pras três” em seu relógio novo que fazia questão de mostrar pra todos. Será que pra ele a hora não passava mesmo ou não fazia idéia de como olhar as horas no relógio e dava um migué? Fiquei curioso o tempo todo enquanto ouvia elogios a ele. Soube que era o aluno mais conhecido da APAE, que agora estava ajudando um amigo cadeirante empurrando sua cadeira no caminho até a escola. Todos confirmavam minha impressão sobre a pessoa que Serginho era: na medida de sua loucura, era uma pessoa perfeita.

Nico era um velhinho atarracado, cerca de 1,65m, cabelos brancos, sem muitos dentes e um chapéu de couro que usava no quintal. Fumava fumo de cora, às vezes em um cachimbo, às vezes enrolado na palha. Aposentado, passava o dia a comentar sobre o mundo, sempre reclamando de algo. A única coisa que nunca esqueci eram os comentários sobre seu filho “que não deu certo”: "Se fosse na Rrrrúsia, colocava tudo no paredón e mandava chumbo nesses aleijados, rrrretardados e viados. Lá dava cerrrto, quem não prestava pra nada ia direto pro pardedón.” Fiquei pensando e penso até hoje se o que ele dizia era de fato sentimento ou pura pose. Serginho fingia não ouvir, ou, se ouvia, não ligava. Estava muito ocupado pra esse tipo de coisa. O fim de semana foi passando entre refeições humildes e conversas com “parentes” que nunca mais ia ver. A falta de tempero na comida era um pouco decepcionante e a volta para Franca não poderia esperar muito mais. Despedi-me de todos, mas lembrando-me que, se quisermos, podemos viver pra sempre às 25 pras três, sem pensar mais em nada, só agindo de acordo com nossas vontades. Quem quisesse que ficasse reclamando e criando “soluções” para os “problemas”. Mas pra mim o paredón era uma grande idiotice.

O tempo passa e os filhos ganham filhos, mudam-se para outras cidades, as esposas morrem e todo mundo fica muito ocupado para pensar em um pai reclamão que acabou de ficar viúvo. Mas Serginho nunca saiu de sua casa. Continuou com seus passeios e atividades na APAE, quando se deu conta que tinha sobrado sozinho com Tio Nico, seu pai. Nunca guardou nenhuma mágoa das asneiras que ouvira durante toda a vida e continua, (até hoje?) a cuidar de seu pai, cozinhando, lavando e organizando os horários da medicação. Talvez tentando, silenciosamente, com sua maneira peculiar de viver, mostrar ao pai que talvez estivesse enganado sobre quem merecia qualquer tipo de punição. Pagaria qualquer preço pra saber como Nico se sentia sendo cuidado por um "inútil".

Monday, October 03, 2005

Vergonha...

Faz mais de vinte e cinco anos que nao mexo nesse blog. Desperdicio de espaco. Prometo melhorar, senhor...

Tuesday, July 26, 2005

A incrível jornada do urso russo

Mikail Miguelov começou sua carreira no Circo de Moscou, mas antes que você espertinho diga”Ah, então já devo ter visto ele”, digo que aquele era o Circo de Moscou de Moscou mesmo, não esses que vivem excursionando pelo interior do Brasil e de outros países semelhantes. Continuando, Mikail era a principal atração do circo, sendo o único urso rugidor do país e, como viemos a saber depois, de todo o Universo. O espetáculo era simples, começava pontualmente todos os dias às vinte e uma e trinta com o locutor e mestre de cerimônias falando o tradicional “respeitável público...” e tudo mais, logo em seguida chamando os incríveis irmãos Crushinov e as bicicletas voadoras. O fim do número dos irmãos Crushinov era a deixa para Mikail Miguelov começar seus preparativos para arrancar palmas e gritos da platéia. Começava gargarejando Anapionov para melhorar a voz, seguido de uma dose de uísque e dois Marba, para ficar com a garganta bem arranhada. Era uma técnica meio “morde-assopra”, diziam todos, mas ele falava que só assim dava certo.

Acabado o show dos irmãos Crushinov vinham as outras atrações, o malabarista maluco, os equilibristas alucinados, as mulheres barbadas com os homens pelúcia, os leões desdentados, os macacos cegos atiradores de faca, os trapezistas da corda bamba, o globo da morte com tratores turbinados e por fim, o que o público mais queria ver, Mikail Miguelov, o urso rugidor. O Mestre de Cerimônias apresenta Mikail por uns dez minutos, enchendo ele de elogios e por fim, ele entra, todos em quase pânico por ver o primeiro urso verde que qualquer um já viu. Mikail entrava no picadeiro, olhava para todos panoramicamente com seu pescoço, escolhia a criança mais amedrontada, olhava bem no fundo dos olhos dela e soltava: AAAArururuururu!!!! Todos iam ao delírio, Mikail Miguelov fazia a cortesia e saía para seu camarim com a certeza que seu sucesso seria infinito.

Mas vieram as crises, os tempos do circo mudaram, hoje em dia não é mais politicamente correto ter bicho no circo, as crianças começaram a ver animais bem mais estranhos nos videogames e na TV, o Circo de Moscou perdeu sua hegemonia para o Circo de Roma (ou foi o de Nápoli?), Mikail Gorbatchev decretou a Perestroika, lançaram as vodkas vagabundas e Mikail Miguelov perdeu seu emprego no grande Circo de Moscou, que aliás estava ficando pequeninho. Juntou seus trapos e foi morar no Brazil, com Z ainda nessa época, país desconhecido e misterioso. Vagou de circo em circo, mas sua voz já não era mesma, o remédio que usava no Brasil (já adotara o S na escrita) não funcionava direito em sua voz, talvez por não ser escrito com V no final. Parou no Circo de Moscou (ironia?) de Santo André, mas fez sua última apresentação em São Paulo. Foi anunciado sem muita pompa, logo depois dos pombos com mira a laser. Entrou, acho a garota mais bonita da platéia. Olhou nos olhos dela e viu que ela não tinha medo. Apenas sorria com os olhos e tinha uma covinha em cada bochecha. Pensou em acabar com aquela calma e radiância (essa palavra existe) da mocinha, mas seu coração vacilou. Não rugiu, deu só uma voltinha, dançou um pouquinho e saiu. Entrou no camarim e pensou na moça que não lhe saía da cabeça, até que sua trouxa de roupas foi jogada pelo dono do circo, junto com um monte de xingamentos. A carreira do circo estava acabada. Mudou de nome, passou a ser Miguel, só Miguel mesmo e andou, andou muito até que um dia encontrou mais uma vez a moça de covinhas no rosto e olhar sorridente. Entregou a ela um cobertor que usou durante toda sua vida lá na Rússia. A moça entendeu que o nome da coberta era Rússia e até hoje chama assim o cobertor que esquenta a família nos dias bem frios. Olhou bem nos olhos dela e percebeu que ela era especial,não ficaria assustada nem nada com a rugida. Rugiu. Quando rugiu, encantou a moça, que o levou pra casa e até hoje diz pra todo mundo que aquele urso verde que ainda ruge de vez em quando é seu filho...

Povo louco esse, né?

Tuesday, July 19, 2005

Home Alone

Foi largado em casa o pobre garoto. Faz mais de 39 dias que quem tava ocupando a casa nem se importava com o lixo que ia se equilibrando em cima da lixeira. Chegou do interior bravo e foi logo ficando putinho com a cena. Sempre que tá assim, acaba derrubando tudo, o lixo, o telefone. Resolveu pedir companhia e contratou a Amora para ficar ao lado dele embaixo da Rússia. Acha que será um treinamento, muito saudável, mas torce para que ela queira fazer de tudo com ele, tomar banho, comer, transar, dormir... E talvez ensiná-lo a escrever tanbém.

Ouvindo: Xis - Sonho Meu

Friday, June 17, 2005

Sobre modus operandi

Às vezes a gente faz coisas que sempre criticou quando via os outros fazendo. Porém, quando é a gente que faz, o erro fica mais difícil de ser percebido. Tem vezes que a gente faz as coisas de um jeito, acreditando que foi de uma maneira um pouco diferente da que realmente aconteceu. Talvez seja porque as coisas só são mesmo a partir do momento que alguém as percebe e interpreta. Aí é bem individual de cada um, né?

Acontece também que às vezes a gente quer fazer as coisas de nosso jeito, ignorando as vontades alheias. Nada acontece por mal, apenas nos toma a sensação momentânea de que o nosso jeito é melhor, que a minha proposta é legal e tudo mais. Quando a outra parte interessada não atende à nossa programação, é tristeza certa. Acho que cada um deve fazer as coisas do modo que deseja, realmente sem pensar no que os outros vão achar. A individualidade é algo pra mim que jamais deve ser corrompida ou coagida. Cada um faz o que quer. Mas devemos pensar que a outra parte também constitui um "cada um" também.

Ouvindo: AC/DC - Love Hungry Man

Monday, May 16, 2005

Por que será?

Às vezes as pessoas que se gostam se machucam deliberadamento, pensando estar fazendo o que é certo de seu ponto de vista. Quando poderiam resolver, decidem descontar, além do fato que tudo o que acontece depois do magoamento parece ter sido feito com a finalidade de magoar. Coisas pensadas por um se tornam lógica na cabeça do outro. Argumentos são vazios e a discussão é sem fim, já que em alguns momentos não se quer entender nada. O acúmulo de mágoas é meu maior medo. Imagino se um dia existirá, assim como a Morte, uma entidade que virá cobrar por todas as mágoas que já causou a alguém. Tudo anotadinho em um caderno, com data, hora e repercussão...

O que fica de lição nesse momento é a sabedoria de Marcelus Wallace, chefão do crime em Pulp Fiction:

Now the night of the fight, you may fell a slight sting, that's pridefuckin' wit ya. Fuck pride! Pride only hurts, it never helps. Fight through that shit. 'Cause a year from now, when you're kickin' it inthe Caribbean you're gonna say, "Marsellus Wallace was right."

Monday, April 25, 2005

Machané do Bnei Akiva bombou mesmo!

Era certo que todos iriam gostar. Apesar da data ser meio nada a ver com o nome da festa, o feriado de Tiradentes foi perfeito para a machané. O Bnei Akiva (o que será isso) não apareceu. Outros ilustres convidados como Henri Sobel, Paul Pfeifer e Jacobo Kosler também ficaram de fora, mas nada que estragasse o glamour movido a Água Cristal. Logo na entrada os convidados foram recebidos com uma cama para garantir energias para o novo dia. Logo cedo, breve discussão sobre a situação dos pessoal da Machané, algumas discordâncias, mas no fim, tudo certo. Enrolações a parte, rolou um esporte com convidados do estrangeiro, além de Rúlia Abraão. Pulemos essa parte e vamos ao resto da festança.

Depois do intervalo religioso na sexta-feira, durante o qual nossa anfitriã realizou suas rezas e congêneres, a festinha rolou pelas ruas da cidade, ruas essas um pouco desconhecidas, talvez. Seguindo as placas que indicavam a Marginal Tietê, a Machané passou por Honduras, Itália, Pirituba e Norumberglândia. O buffet previa agora caranguejos ao molho de pêlo e caldo de mocotó diliça, que nem era bom e foi prudentemente estragado com pimenta. Depois de mais um passeio, a festinha foi pausada para descanso nas proximidades dos Jardins.

O sábado prossegue com uma ida a um antro da carne e da perdição. Se isso fosse uma festa indiana, nem pensar... Seguimos com um encontro entre os anfitriões e a família, uma aula demonstração de culinária, que mesmo italiana, serviu aos propósitos do Machané. Os anfitriões foram convidados a iremj embora, partindo em direção a algum salão de festas, fosse ele qual fosse. Depois de muito andar, a comitiva parou perto do centro, em um bar surreal. Abismado com a quantidade de pessoas, o barman firmemente disse:
- Só uma cerveja pra cada um. Nada mais!
Tá certo que ele ofereceu mais depois, mas azeite pra ele.

Sono pelado, acorda, faz coisas censuradas e sai mais uma vez pras ruas...Dessa vez com destino a um gueto de mexicanos judeus infiltrados na cidade. Salsa, merengue, burrito, sorriso do tiozão e barriga cheia. Tava acabando o domingo. No fim de tudo, quando parecia o fim de mais uma Machané do Bnei Akiva, os anfitriões se olham e dizem: -Até que um Whisky caíria bem, não?

Ouvindo: Racionais MC's - Negro Drama

Monday, April 18, 2005

Não atrapalhe o sono do Bigode

O cara caiu da cama logo cedo, com aquela cara de maluco. O cabelo tava uma graça, o hálito tradicionalmente fresquinho e na janela, os funcionários da empresa brincando com a britadeira...Sua garota tava muito mais brava que ele. O cara ainda tava meio perdido, não sabia se ficava com raiva ou se ria da desgraça alheia. Afinal de contas, ele tava no seu apê pertinho dos Jardins, com caminha, sofazinho e videogame, o negão tava lá logo cedo vibrando com seu trabalho, quem sabe sonhando com a britadeira dia-sim-dia-não. Tomou sua decisão. Era melhor ir sem camisa mesmo, pra parecer mais doido. Colocou seu 38 no elástico do shorts, ficou meio capenga, mas beleza. Saiu do prédio, com o porteiro vindo atrás, assustado: Sr. _____, onde você vai com isso aí? Sem dar ouvidos, dirigiu-se calmamente ao trabalhador, chacoalhando o “oitão” no ar:
-Meu senhor, sei que você não tem culpa de nada disso, mas gostaria que levasse essa britadeira embora. Diga pro seu chefe que um maluco te atacou com um revólver. Se ele não acreditar, fale pra vir falar comigo. Tenha um bom dia!”
Virou as costas e saiu em direção a portaria. O porteiro, de olhos esbugalhados, perguntava se eu estava maluco, enquanto os trabalhadores fechavam a van:
-Agora não, Édson. Tô com sono.

Ouvindo: Ultraje a Rigor - Cíume

Thursday, April 14, 2005

Diálogo meio maluco de um casal apaixonado

Ele: Quanto a me pedir em namoro, queria saber se você acha isso realmente necessário, já que as coisas estão caminhado naturalmente para esse lado.

Ela: Só vou ficar tímida MASTER, meio autista e tal, mas depois passa, tá? E vc acha que sua mãe vai me agradar? Mas ela nem me conhece, pô! Deixa ela saber dos planos pro AMASIO.

Ele: Falei com sua vovó hoje...Liguei na sua casa pra falar um pouquinho com você, já que seu celular não estava operando.Como faremos em relação ao aniversário da Vanessa? Eu tenho aula, então acho que o mais prático seria se a gente se encontrasse lá no The Joy mesmo. O que você acha?

Ela: AMEEEI ter encontrado você! Maldito, seu perfume sempre fica em mim e eu fico lembrandinho. Impressionante como eu sabia que ia te encontrar.

Ele: (era ela, mas virou ele pra dar certo...) Queria ficar com você por tempo indeterminado, sem ter que ficar olhando no relógio. Assim sendo, a gente podia fazer algo bem sussa e depois ir pra casa ficar agarradinho. Será que você gostaria?

Foda, eu tou ligada, inclusive vou ter que ligar pro meu pai e chorar um pouco, porque não tenho essa grana nem fodendo. Se vc quiser gastar isso, beleza. Se você não quiser, a gente faz um esquema qualquer: eu vou te encontrar depois, onde vc estiver, ou a gente não vai mesmo e foda-se.

Thursday, March 17, 2005

Sad sad song

Acho que essa música explica muito bem a tristeza...
Lembrando que escola e tudo mais nem sempre é tão importante, né?

Intro - Jesus Chorou - Racionais MC's

O que é o que é?? Clara e salgada, cabe em um olho e pesa uma tonelada...tem sabor de mar,pode ser discreta, inquilina da dor, morada predileta....na calada ela vem, refém da vingança, irmã do desespero, rival da esperança... pode ser causada por vermes e mundanas...e o espinho da flor, cruel que vc ama, amante do drama, vem pra minha cama, por querer, sem me perguntar me fez sofrer...e eu que me julguei forte...e eu que me senti...serei um fraco, qdo outras delas vir..se o barato é louco e o processo é lento...no momento...deixa eu caminhar contra o vento...o que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável...o vento não, ele é suave, masé frio e implacável....(é quente) borrou a letra triste do poeta (só) .....correu no rosto pardo do profeta...verme sai da reta...a lágrima de um homem vai cair...esse é o seu B.O. pra eternidade...diz que homem não chora...ta bom, falou...

E depois tem o fim, simplesmente foda:
....vermelho e azul, hotel, pisca só luz, nos escuros do céu...Chuva cai lá fora e aumenta o ritmo, sozinho eu sou agora o meu inimigo intimo...lembranças más vem, pensamentos bons vai...me ajude, sozinho penso merda pra caráio...

Acho que a tristeza nem sempre pode ser evitada. Às vezes acho que de fato a gente a procura, ou ela vem até nós, sem pedir autorização nem nada. Um dia passa.

PS: Lembrei de outra música, mais um rap, que dedico dessa vez aos pessoal da mesa:

Dentro de você - Gabriel o Pensador

"...Porque esperar um milagre dos céus que "diz que Deus dará" ? O maior milagre que Deus nos dá é a capacidade de respirar. A V.I.D.A que um dia Ele vai tirar. Então (viva!) intensamente a sua enquanto dá. Não tente viver a vida dos outros porque isto é muito escroto. Quando cê vê você tá morto e a sua vida foi embora esgoto a dentro.

Wednesday, January 26, 2005

Inocência...

às vezes as pessoas fazem qualquer coisa pensando somente no rabo delas. porém pode ser que um dia alguém pise no rabo delas e elas caiam com a cara na merda, presumo eu, não sei. só sei que acho que vou continuar escrevendo aqui. assim que conseguir eu conto a história toda.