Monday, September 25, 2006

Dormi ao lado de uma coisa muito preciosa...


Na verdade queria escrever sobre o bom senso e o bom gosto, e a severa diferença entre ambos. Juro que tentei, mas comecei a me perder em outros pensamentos e salvei só um rascunho. Acho que é preciso ruminar um pouco mais a idéia antes de sair falando por aí.
Estranhos sonhos passam pela minha cabeça enquanto e durmo e reluto em acordar, pois cada vez que repouso novamente a cabeça no travesseiro, logo vem outro sonho. Tal qual uma TV que muda de canais, a cada vez que fecho novemente os olhos o assunto muda, as pessoas mudam e tal. Parece até que elas vêm me visitar em ordem de importância: sonhei com você, com ela, com ele e com todos juntos. E nos sonhos tudo corria bem entre eu e vocês, algumas pequenas desavenças, um tapa na cara, mas nada de ruim mesmo em meus devaneios e lembranças.
No fim de semana visitei a última vila deste país, bem na fronteira com o vizinho, apenas a uma ponte de distância da Espanha. Tentei atingir o território estrangeiro com uma pedra através do Rio Minho, mas confesso que faltou força. Posso agora contar pra todo mundo que já visitei a Espanha duas vezes.
Por fim, breve relato da balada em Monção: terminei a noite no Ninho do Pardal, uma balada com dois ambientes frequentada por grande parte da juventude da vila, em sua maioria playboys, ou como é dito por aqui, betinhos. Ambiente divertido, com som meia boca e cerveja barata. Passei a noite brincando de olhar para as pessoas fixamente nos olhos e ganhei de brinde um viado me cantando dizendo que eu era a cara do Ben Harper... Como um bom homem que sou, espírito latino e sangue quente, seria impossível e improvável que fosse para a cama sozinho. Depois de comer dois pães com queijo e fiambre olhando para as muralhas que antes separavam os dois países, fui me deitar e ela estava lá, esperando que me deitasse ao seu lado. Intocada e intocável, ocupava seu leito esperando a companhia certa. Por que ela estava lá, quem colocou-a lá, se esse tipo de coisa é costume por aqui, eu não sei. Mas posso dizer lá na cidade onde eu moro que eu já dormi ao lado de uma garrafa de Remy Martin. VSOP.

Mudando de assunto: No final da noite de domingo peguei o final do filme Carlito´s Way, com Al Pacino e alucinei nas últimas falas do protagonista antes de morrer. Sei lá por quê. Leiam e achem o que acharem:
"No room in this cityfor big hearts like hers
Sorry, baby.
I tried the best I could. Honest.
Can't come with me on this trip, though.
Gettin' the shakes now.
Last call for drinks.
Bar's closin' down.
Sun's out.
Where we goin' for breakfast?
Don't wanna go far.
Rough night.
Tired baby...
...tired. "


E ele se vai, olhando fixamente para um cartaz mostrando alguma praia caribenha. Last call for the drinks...

Ouvindo: The Doors - The End... "I´ll never look into your eyes...Again.

2 comments:

lau2m said...

..."like the spanish city to me when we were kids"?

Anonymous said...

Levei um susto quanto ao "latino de sangue quente que sou, não dormiria sozinho"

O problema de se deitar com essa companhia (a garrafa, viu) é que é exatamente como mulher de balada. Na hora é toda cheia de conteúdo, empolgante e gostosa. Quando tú acorda, sente-se mal, percebe que fez besteira e a danada é vazia e feia como o cão.