Tuesday, October 31, 2006

O trabalho emputece o homem

Já morei na Realindo Jacinto Mendonça, na Plácido Sarti, na Jordão Borghetti, na outra rua que nem por Deus eu consigo lembrar o nome, na Alameda Santos e, hoje, moro na Carlos Lloyd Braga. Já na Nacim Anis Mimessi eu fui só visita, mas nunca, nunca mesmo, tinha sido vendedor de cachorro quente. E agora sou. Tomo conta de um carrinho que transita por três pontos de Braga: Sabão Rosa, uma balada de muleque preibói, Populum, uma balada de adulto preibói e perto do estádio municipal, ambiente propício para as gravações de Velozes e Furiosos III.

O que eu lhes pergunto é: o que você faria por 120 reais por noite? Aguentaria um patrão chato, de vocabulário reduzido a palavras como foda-se, caralho e outros palavrões? Aguentaria um cara que não sabe pedir schisfaivavoire nem ao menos uma vez na vida? Aguentaria ouvir todas as frases que são dirigidas a você no modo imperativo? Aguentaria bêbados chatos a perguntar cadê o cardápio? Eu aguento. Quero que se foda, em dois dias de trampo pago meu aluguel.

A única coisa que me fode a cabeça é que o tempo não passa. Por mais movimento que haja, o intervalo entre as 22h30 e as 6h parece infinito pra mim. Enrolo mais um cigarro, como um cachorro quente feito bymyself (e é lógico que eu não ponho todos aqueles ingredientes nojentos que sirvo ao público), pergunto as horas, ganho uma ou outra garrafa de água que alguém oferece, por ser proibido entrar na balada com elas.

Mas quando o tempo insiste em não passar, saio debaixo do guardaçól e olho para o céu. Diferentemente do que tinham me dito, que o céu por esses lados abrigava diferentes estrelas, logo identifico o Cruzeiro do Sul e sei pra que lado ir, sei onde é minha casa, onde estão todos que hão de me receber bem. E olho mais um pouco para o céu, lembro-me de noites inesquecíveis, e por serem inesquecíveis que me lembro delas. Noites passadas a olhar para o céu, sendo ensinado, com o foco de uma lanterna, onde se encontra a constelação de Escorpião. Quem são as Três Marias. Mas me perco nos astros a procurar em vão sete(?) estrelinhas alinhadas na vertical, a maior em cima e a menorzinha, que quase não conseguia ver, no final da linha. Não acho. Desconfio que você as tenha roubado do céu e as tatuado em sua pele, deixando-me para sempre a ver estrelas, procurando por ti em algum lugar perdido do céu.

E você, o que faria por 120 reais por noite? Conta pra mim nos comentários...

Ouvindo: Racionais MC´s - Eu Sou 157
"Um é japoneis, o Kazu
Fica ali vendendo dog, talão Zona Azul
Cê compra um dog dele e fica ali no bolinho
Ele tem só um canela seca no carrinho"

Monday, October 23, 2006

O desconhecido viajante sem nome

São sete e meia da manhã e o sol insiste em continuar escondido no horizonte. Pela janela do comboio, algumas luzes de cidades desconhecidas confundem-se com o reflexo do interior do trem, continuando a esconder os mistérios que este país reservam ao desconhecido viajante. Viaja em direção à Espanha e ao encanto de suas mulheres, suas paisagens e seu idioma. Logo chega à sua primeira parada, puto da vida, mas sem nunca xingar em vão. Diferentemente do que o homem da estação o tinha dito, seu trem só partiria de Nine uma hora depois do previsto. òtima hora para conhecer um café tipicamente provinciano, o cheiro de umidade das constuções antigas toma conta do ambiente, enquanto velhinhos de 250 anos xingam palavrões que nem mesmo o mais sem noção dos moleques de rua teria coragem de dizer em público:
-Essa autoestrada vai ter portagem? Foooooooooooda-se!

Um café mais amargo que o normal e de volta à estação à espera do trem que o levaria a Vigo. Logo na plataforma, troca olhares com um gringo com cara de panaca. E como panaca se reconhece à distância, logo os dois estão trocando idéias. Gianlucca viajava à Santiago de Compostela, onde pegaria o avião para Roma. Estava à espera de um amigo, que havia falhado a hora do encontro em Braga. Conversava em português, mas, à primeira dificuldade encontrada, desembestava a falar italiano, misturando loucamente os dois idiomas. Além da cara de panaca, parecia muito preocupado com o amigo, que não poderia de maneira alguma perder o vôo para a Itália. O protagonista agora olha pela janela do trem e vê vinhas e mais vinhas, além de casinhas que o trazem lembranças de seu lar. Pensa em sua família, irmãos, mãe pai e o caralho. Pela primeira vez depois de mais de um mês viajando ele quase chora. Seus olhos se enchem, a garganta trava e ele quase chora. Mas levava um sorriso no rosto, forte o suficiente para fazerem suas lágrimas secarem rapidamente dentro de seus olhos.

Nosso viajante desconhecido chega a Vigo e logo ao sair da estação de trem escuta um "hijo de puta" em alto e bom som dito por uma bela mulher, que ao olhar sua cara de espanto, logo pede desculpas. Apenas um petisco do vocabulário espanhol, oq ue foi notar mais tarde ao conhecer os nativos a dizer coisas como "foder" e "coño" como dizemos olá e boa tarde. Uma ida ao Consulado português e a aquisação da legalidade em território europeu, logo era hora de retornar à estação parta seguir destino a Santiago. Logo depois de comprar o bilhete, heis que surge à porta da estação um colega de intercâmbio, Roberto, italiano, com uma cara de sono que até um cego reconheceria de longe. Estava tudo explicado, ele era o companheiro de viagem de Gianlucca. Balada muito forte na quinta-feira e o resultado foi o furo com o amigo. Sorte que havia outro italiano disposto a dirigir até Vigo para garanir o embarque para Roma e sua festa de aniversário. "O mundo é mesmo um ovo... E de codorna!", pensou nosso solitário viajante.

O encontro, além de inesperado e curioso, rendeu-lhe, além de compania, um bom som a ser compartilhado em um fone de um iPod. O som toca Africa Bambaata e a paisagem passando rapidamente na janela do trem compõem uma longa viagem no tempo. Planet Rock é a trilha sonora de seu caminho a Santiago, para onde ia encontrar o que de mais precioso já havia tido em sua vida. E ela estava lá, à sua espera na estação de trem. Vestida de branco, o mesmo sorriso, o mesmo abraço e o mesmo beijo, em outro lugar do mundo, bem distantes da Alameda Santos. Não sabia se o mundo era, ou é, feito de coincidências ou semelhanças, apenas queria viver ao máximo aqueles breves e eternos momentos que lhes foram proporcionados. Depois desses mágicos momentos e de uma pausa para um "churros con chocolate", é hora de nosso famoso viajante partir de volta a terras portuguesas. Voltar para o lugar ainda onde se bebem cervejas por 70 centimos. Para um lugar onde se fuma à vontade em qualquer lugar que se vá.

Mas não sem antes se despedir. Entra no trem, ocupa o lugar mais longe de todos os outros passageiros e, depois de mexer em sua mala, apenas para passar o infinito espaço de tempo que 2 minutos levam para passar em tempos de despedida, olha para a janela e vê ela, plácida, olhando, parece que há muito tempo, para ele. Ele devolve o olhar. E a fita por intermináveis segundos. Mais uma vez o choro ameaça lavar seu rosto. Mais uma vez seus olhos estão mareados. Mais uma vez a garganta dura. E mais uma vez seu sorriso o impede de chorar.

Não estou ouvindo, mas recomendo:
AC/DC - Can I sit next to you

Ouvindo: Dire Straits - Tunnel of Love

Sunday, October 15, 2006

Jornot 2002

Uns dizem que éramos pontos fora da curva, outros dizem que éramos uma jogada de sorte, alguns outros disseram que era milagre e outros mais descrentes diziam que era pura coincidência. Não sei julgar e nem quero tampouco analizar, mas é fato que éramos, e ainda digo que somos, especiais. Trinta pessoas escolhidas a dedo pelos cientistas mais malucos do mundo, os nobres senhores elaboradores da prova da FUVEST, formaram a turma mais linda que a Escola de Comunicações e Artes já viu passar por suas velhas salas. Éramos trinta amigos, de perfis e procedência bastante diferentes, mas essas diferenças só vieram a aumentar as afinidades e amizades. Casais perfeitos se formaram, potenciais casais perfeitos ainda tentam mostrar um ao outro que o destino reserva um lugar especial para eles. Amigos que, com certeza, terão seus nomes marcados para sempre na imprensa brasileira. Mesmo em um "lugar com pessoas especiais que não cabem nos dedos da mão", marcamos época e ficamos pra sempre nos anais da Escola como a "turma do Jornot 2002". O passar do tempo modificou as relações, mas ainda não há quem diga que não fomos todos, os 30, feitos uns para os outros.

Ouvindo: Marvin Gaye - Let´s Get it On

PS: Comecei esse texto, mas quando acabei de escrever o primeiro parágrafo, percebi que seria impossível falar dessas pessoas sem parecer óbvio, panaca ou qualquer outro adjetivo que quiserem escrever aqui.

Saturday, October 14, 2006

Sobre o papinho 5 estrelas....

-Pode ser S de Silva, S de Souza...
-E pode ser S de Songomongo, né, Seu Sete Estrelas?
Essa frase marcou minha vida pra sempre e foi tirada de uma novela da Globo exibida no final dos anos noventa. Admito que perguntei ao oráculo e não recebi resposta satisfatória. Mas não vem ao caso. Lembrei desse diálogo quando estive a pensar no Papinho Cinco Estrelas. Essa expressão foi lançada por algum camarada ao falar de outro brother meu, dizia que o cara era tão conquistador porque tinha um "papinho 5 estrelas" que era infalível. Hoje rolou uma brasileirada cá em Braga, e eu vi, com meus olhinhos de cor de guaraná, o efeito do papinho 5 estrelas e, por breves segundos, senti a falta de o possuir. Ainda bem que os segundos foram breves e, por fim, preferi ser "lerdo" e sem o "migué" que os latin lovers, sobretudo os catarinenses, carregam. Estive a falar com um amigo meu e percebi o melhor a ser feito é aderir ao que você sempre foi. Não tenho (agora me dêem a licença de falar como falava quando era míudo lá em Franca) "as moral" de dizer qualquer coisa pras mulheres com o intuito de conquistá-las. Simplesmente não consigo dizer que são lindas, ou que gosto tanto delas, quando realmente não o quero dizer.
A(s) melhor (es) mulheres que já conquistei nunca, e nem nunca, ouviram e nem ouvirão coisa do gênero. E isso que a(s) faz(em) tão especial(is).

Um muah pra quem entende o que isso quer dizer.

Ouvindo: NDee Naldinho - Tributo ao Pilantra
Um trechinho:
Pisou na bola, bum (tiro), essa é a Lei....
Pisou na bola, bum (tiro), essa é a Lei....

Wednesday, October 11, 2006

Sobre os perigos de navegar na internet

Há muito tempo me preocupo com esse assunto, digo pra vocês que minhas unhas são mais curtas e corroídas devido às minhas preocupações com a navegação e o tráfego de informações na internet. Aquele moço do Engenheiros do Hawai, acho que é Humberto Guessinguer, já fezz uma metáfora chamando ela de infinita highway. Highway, pelo que sei, é uma autoestrada. Um local de grande fluxo de cargas, informações e pessoas. E nesssa autoestrada nos aventuramos dia após dia, parando em cada ponto da estrada que já foi nossa casa, nosso trabalho, nossos amigos, amores e etc. A cada dia que pego essa autoestrada, aumentam os pontos de parada, mas sempre há aquele posto, aquela cidade, aquela rodoviária preferida, que já sabemos onde fica, e onde seria impossível de se perder.

É certo que sou um condutor experiente, principalmente nos trechos da infinita que costumo conduzir, mas parei certa vez no acostamento, amedrontado e envergonhado, além de duvidoso: por que, diabos, não temos tanta prudência ao trafegar na internet, assim como nos é exigido para guiar um carro pelas estradas? Por que não é preciso uma carteira de motorista, teste de habilidade e coisas assim? Concordo com quem responder que essa habilidade surge naturalmente, não seria preciso um instrutor e nem fazer uma prova de download para podermos acessar a internet. Mas e a prudência, como fica? Como garantir que nossos condutores farão sempre o melhor uso da rede? Que não serão inoportunos, imprudentes e imperitos? Penso que há cada 5 kilometros deveria haver um posto de polícia, obrigando os condutores a bufar ao balão*. Diminuíria o número de acidentes, pois.

*"bufar ao balão" é o equivalente a assoprar o bafômetro

Ouvindo: Um remix que fiz na minha cabeça:
Beatles - Yesterday
Elvis Presley - You are always on my mind
Arctic Monkeys - I bet that you look good on the dance floor

Saturday, October 07, 2006

Cadê o Snaip?

Era a melhor época de minha vida. Meados do 3º colegial, estudando em escola de patrão, mas pagando mensalidade de empregado, encontrei em minha sala vários exemplares como eu naquela sala. Era a primeira vez que assistíamos aula em um auditório e, em alguns meses, esses semelhantes ocupavam a parede do fundo da sala, todos um ao lado do outro, bem encostadinhos e sempre dispostos a fazer qualquer coisa que não tivesse relação com as aulas: eu, Vitti, Kiko, Fazenda, Henri, Natália, Isabela e mais duas gostosas que eu não me lembro o nome. Era a Turma do Paredão. Certa vez o professor disse que apostava quanto dinheiro quiséssemos que nehum de nós passaria no vestibular. Sorte dele que logo voltou atrás.

Mas o assunto não era esse. Uma das coisas que mais nos agradava nessa época era o Inferninho, bar sujo do centro de Ribeirão Preto, frequentado por prostitutas, bêbados, desocupados, fracassados em geral e nós. Além do Vitti e do Henri, sempre juntavam-se ao grupo os meninos da sala ao lado: Rato e Doença. E foi numa dessas tardes perdidas que...

-Cadê o Snaip?
Um homem alto, magro, mas bem magro mesmo. Coisa de um metro e noventa e uns 70 quilos. Bermudão da Conduta, que ele sempre insistia em lembrar, dizendo que bermudão da Conduta era sua veste predileta. Suas pernas finas deizavam aparecer suas veias, todas saltadas. Reparando bem, todas suas veias pareciam saltadas, dos braços, das pernas. No rosto, acompanhando o contorno da boca, uma cicatriz profunda, chegando quase à altura dos olhos. No antebraço, uma tatuagem verde-cadeia denunciava a procedência de nosso futuro adversário.

-Não sei...

Respondemos todos baixinho, enquanto o homem fazia malabarismos com o taco de sinuca. Sempre repetia a pergunta: Cadê o Snaip? E ninguém sabia do que se tratava até que, de repente, não mais que de repente, adentrou ao salão de sinuca um preto baixo, mais forte que o amigo, com um bermudão parecido com o de nosso interrogador e futuro adversário. Nessa hora, todos riam com o canto da boca ao perceber quem era o Snaip e fazer a ligação com Wesley Snipes. Estava tudo explicado. Logo que Snaip chegou, seu amigo propôs o desafio:

-Vamo jogá valendo a ficha!

Nenhum de nós tinha bolas suficientes no saco pra dizer não praqueles dois tipos. Quando lembro da cara deles penso no desperdício de dinheiro que Hector Babenco cometeu na escolha de figurantes para o filme. Com certeza aquela dupla convenceria o Brasil e o mundo em qualquer papel de Carandiru. Timidamente, dissemos sim e o único pensamento que ocupava minha cabeça e, julgo que, também, a de Vitti era "Fodeu".

A partida começou com aquela coisa típica de quem não sabe jogar sinuca, passa um giz na ponta do taco, anda em volta da mesa sem fixar o olhar em nenhuma bola ou caçapa específica, mas tudo sempre com aquele olhar grave de quem sabe o que está fazendo. O companheiro de Snaip, o qual nunca soube e nem quero saber o nome, começou apavorando no jogo, matando bolas de tudo quanto é jeito e parecia que a gente estava fadadao à derrota. Quietos, quase mudos, fazíamos nossas jogadas simples, sempre colocando algumas bolas no caminho, até que empatamos o jogo: uma bola pra cada um na mesa. Depois de várias jogadas sem muito efeito, conseguimos deixar nossa última bola bem na beira do abismo, esperando qualquer assopro pra ir morrer na gaveta. A bola 15, separada do jogo, aguardava a hora de entrar na mesa pra decidir o vencedor. Na vez de Snaip, ele demonstra toda sua técnica e encaçapa a última bola. Ainda estávamos no jogo, dois moleques prestes a talvez derrotar uma dupla recém saída da cadeia. E eles ainda iam ter que pagar pela ficha. Era a hora da bola quinze. Eles certamente não iriam matá-la de primeira, daí ficava tudo empatado de novo. Era a hora da 15. Pela primeira vez durante toda a partida, emitimos nosso primeiro som. Isso, um som, pois não dá pra chamar aquilo de fala. Juntos, como se fosse combinado, eu e Vitti dissemos:

-A 15...

O amigo de Snaip pegou a bola 15 que estava lá esperando. Segurava-a com força, parecia ter raiva dela ou coisa assim. Rapidamente abaixou o braço com violência, de uma vez só, e enfiou com força a bola na caçapa do meio...

-Aqui não tem 15 não, mano!

E com essa fala, o homem magro, alto, de pernas finas e veias saltadas, me deu uma das melhores lições que eu ja aprendi nos meus tempos de escola.

Ouvindo: Portugal X Azerbaijão, na TV que tá lá longe

Crônica de um cozinheiro

Já não quero mais cozinhar o chilli. Parece-me que cortar a cebola já me faz chorar além da própria, parece que engulo algumas lágrimas que me vêm aos olhos não só por causa do enxofre que ela libera ao encontrar-se com minha afiada faca. Mas corto os alhos com gosto, com raiva, e sem, medida, enquanto preparo um molho à siciliana, agora sem mais pensar se te apetecem ou não. Experimento entre um corte e outro e o gosto adristingente parece limpar o gosto amargo de nossos últimos beijos. E enquanto limpa o gosto amargo, o alho limpa também meus pecados. Confesso que nessa estadia ainda não aprendi a cozinhar qualquer coisa à potuguesa. Mas continuo empenhado em aprender, saber se o bacalhau daqui é tão fácil de preparar como o daí. Não penso mais nos pedidos e nem nas exigências do chef, agora cozinho o que bem entendo, sem nunca experimentar antes de servir. Sirvo o que pedirem, mas sempre ao meu gosto. Sempre.

Ouvindo: Paulinho da Viola - Várias

Thursday, October 05, 2006

Encontros, desencontros e tal...

Sei que estive ausente por um bom tempo, ainda mais em se tartando de um blog, que é algo que requer atualizações frequentes e tal. Mas não escreverei nenhum tipo de desculpa por aqui, só digo que não tô com muito saco pra essa coisa de blog, pelo menos por essa semana. Mas peço que voltem sempre, afinal de contas isso só existe por causa de vocês.

Por hoje, um breve resumo de minha estadia por aqui:
300 euros gastos, pero muito bem gastos
xis mil latinhas, garrafas e outros tipos de embalagem de breja
5 garrafas de vinho (logo eu que sempre odiei vinho)
Poucos abraços, nenhum beijo
Oito apaixonamentos repentinos, mas todos eles já passaram
Um amigo, mas veio importado de Sampa
Diversos colegas
25 dias ininterruptos de balada.

Mas eu volto. São e salvo. Tanto pro blog quanto pro meu país. Acho que o Brasil vai ter que me esperar um "bocadinho" mais que o blogspot.com.

Ouvindo: Ornatos Violeta - Ouvi Dizer

PS: Agora que acabei de escrever isso percebi que o título não tem nada a ver...