... te abraçar e no meio de nosso abraço nada mais iria contar, nada mais iria valer. O tempo pararia, os compromissos iriam dar uma voltinha no espaço pra voltarem só depois de um tempo. E quando nossas obrigações voltassem, ficariam constrangidas de nos aborrecer, envergonhadas com o tamanho de nosso sorriso, com o brilho forte de nosso olhar.
Eu queria tanto que a cada beijo trocássemos os nossos maiores segredos, contássemos histórias silenciosas com nossos lábios, com nossas línguas, com as pontas de nossos dedos a percorrer a pele arrepiada de nossas nucas. Queria que fechássemos os olhos e deixássemos que a paixão tomasse conta de nós, que seguíssemos tudo aquilo que ela nos mandasse fazer.
Eu não queria, mas nenhum pouco mesmo, chorar. Não queria que a cada abraço eu respirasse fundo e segurasse a onda, tentasse pensar em algo que tirasse da minha cabeça a vontade que eu tenho de te abraçar, de te apertar, de morar por uns tempos em um mundo só nosso. Não queria ir embora, queria estar mais ao seu lado. Não queria sentir-me demais ao seu lado. Só queria te amar.
Ouvindo: Dire Straits - Tunnel of Love
O que é “puxa saco”?
10 months ago